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Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

5 de julho de 2017

Administração Financeira, aprenda sobre...



O nosso tema é sobre Administração Financeira - nos dicionários da Web é fácil encontrar explicações para esse termo, elas afirmam que essa disciplina trata dos assuntos relacionados à administração das finanças de empresas e organizações, ou seja, é um ramo privativo à Administração. Porém vamos tentar que você entenda o sentido e o significado de finanças - que na verdade correspondem ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão utilizados em transações e negócios com transferência e circulação de dinheiro.

Sabendo da necessidade de se analisar e expor a real situação econômica da empresa com relação aos seus bens e direitos garantidos – ao analisarmos isso é possível verificar que as finanças fazem parte do cotidiano, no controle dos recursos para compras e aquisições, tal como no gerenciamento e a própria existência da empresa, nas suas respectivas áreas, seja do marketing, da produção, da contabilidade ou do planejamento estratégico, gerencial e operacional em que se tomam as decisões na condução da empresa - decisões estas que foram baseadas nos dados e informações financeiras.




Administração Financeira - a administração financeira é a formulação de um sistema capaz de maximizar retorno aos proprietários/acionistas de uma empresa e ao mesmo tempo propiciar certo grau de liquidez. Na verdade a função financeira dentro de uma empresa esta diretamente relacionada com a decisão de se fazer, ou não um investimento, e à decisão de se fazer um financiamento, sem esquecer que estas duas funções principais estão interligadas. Além disso, a função financeira abrange numerosos outros aspectos, além dos indicados até agora. Se fossemos distinguir finanças das outras funções nas empresas, a característica escolhida para diferenciar seria o tempo, pois os dias, meses, anos ou décadas. Na realidade todas as outras funções dentro de uma empresa com fins lucrativos visam um maior rendimento, maior aproveitamento, lucro, investimento, etc., e tudo isso necessita de um cálculo financeiro perfeito.


     Finanças ela ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na administração financeira, que corresponde aos esforços despendidos objetivando a formulação de um sistema que seja adequado à maximização dos retornos dos proprietários das ações ordinárias da empresa, ao mesmo que se possa propiciar a manutenção de certo grau de liquidez. Na verdade a função financeira dentro de uma empresa esta diretamente relacionada com a decisão de se fazer um investimento e à decisão de se fazer um financiamento, sem esquecer que estas duas funções principais estão interligadas. Além disso, a função financeira abrange numerosos outros aspectos, além do indicado até agora. Se fossemos distinguir finanças das outras funções nas empresas, a característica escolhida para diferenciar seria o tempo, pois os dias, meses, anos ou décadas. Na realidade todas as outras funções dentro de uma empresa com fins lucrativos visam um maior rendimento, maior aproveitamento, lucro, investimento, etc., tudo isso necessita de um cálculo financeiro. Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos e financeiros objetivando a maximização da riqueza da empresa e do valor das suas ações.

·        Maximização da riqueza – é a contribuição para o valor da empresa pela seleção daqueles investimentos que possuem a melhor compensação entre risco e retorno. E como se define compensação entre risco e retorno? Dado um nível de risco, é a taxa desejada de retorno que justifica a execução de um investimento.

·        Função do Administrador Financeiroa gestão financeira geralmente é associada a um alto executivo da empresa, denominado diretor financeiro ou vice-presidente de finanças. O vice-presidente de finanças coordena as atividades do tesoureiro e do controlador. A controladoria preocupa-se com a contabilidade de custos e a contabilidade financeira, com os pagamentos de impostos e com os sistemas de informação gerencial. A tesouraria tem a responsabilidade pela gestão do caixa e da área de crédito da empresa, por seu planejamento financeiro, e pelos gastos de investimento. Numa empresa menor, o tesoureiro e o controlador talvez sejam a mesma pessoa, não se encontrando dois departamentos distintos.




Decisões da Administração Financeira

O administrador financeiro ocupa-se com três tipos básicos de questões: 

Ø Orçamento de Capital: Processo de planejamento e gestão dos investimentos de uma empresa em longo prazo. Nessa função o administrador financeiro procura identificar as oportunidades de investimento cujo valor para a empresa é superior ao seu custo de aquisição. Em termos amplos, isto significa que o valor do fluxo de caixa gerado por um ativo supera o custo desse ativo. 

Ø Estrutura de Capital: Combinação de capital de terceiros e capital próprio existente na empresa. O administrador financeiro tem duas preocupações, no que se refere a essa área. Primeiramente, quanto deve a empresa tomar emprestado? Em segundo lugar, quais são as fontes menos dispendiosas de fundos para a empresa? Além destas questões, o administrador financeiro precisa decidir exatamente como e onde os recursos devem ser captados, e, também, cabe ao administrador financeiro à escolha da fonte e do tipo apropriado de recurso que a empresa, por ventura, tomará emprestado. 

Ø Administração do Capital de Giro: O capital de giro são os ativos e passivos circulantes de uma empresa. A gestão do capital de giro de uma empresa é uma atividade diária que visa assegurar que a empresa tenha recursos suficientes, por um período previamente determinado, para continuar suas operações e evitar interrupções dispendiosas para o caixa da empresa. Estas três áreas de administração financeira – orçamento de capital, estrutura de capital e administração do capital de giro – são muito amplas. Cada uma delas inclui uma variedade de tópicos.




MODALIDADES DE ORGANIZAÇÕES DE EMPRESAS

ü Firma Individual: Empresa de propriedade de um único indivíduo. É um tipo de empresa de criação mais simples e sujeita a menos regulamentação. O proprietário de uma firma individual tem direito a todo o lucro da empresa, porém tem responsabilidade ilimitada sobre as dívidas da mesma. Não há distinção entre rendimentos de pessoa física e de pessoa jurídica, de modo que o lucro da empresa é tributado como se fosse rendimento de pessoa física. A duração da firma individual é limitada pela vida do proprietário e o capital próprio, que pode ser reunido, é limitado à riqueza pessoal do proprietário. 

ü Sociedade Por Quotas: é semelhante a uma firma individual, excetuando-se o fato que tem dois ou mais proprietário (sócios). Numa sociedade geral, todos os sócios participam dos lucros e prejuízos, e todos têm responsabilidade ilimitada por todas as dívidas da empresa, e não apenas por uma porção delas. Numa sociedade limitada, um ou mais sócios gerais serão responsáveis pela gestão da empresa e terão responsabilidade ilimitada, mas haverá um ou mais sócios limitados que não terão participação ativa no negócio. A responsabilidade de um sócio limitado por dívidas da empresa é restrita ao montante que tenha contribuído para o capital da sociedade. A maneira pela qual os lucros ou prejuízos da sociedade são repartidos é descrita no contrato social. 

ü Sociedade por Ações: Empresa criada como entidade jurídica independente, formada por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas. A formação de uma sociedade por ações envolve a confecção de um documento de incorporação e um estatuto. A sociedade por ações é a forma superior de organização de empresas, no que diz respeito a levantar recursos e transferir a propriedade de um investidor a outro, mas apresenta a uma grande desvantagem: a dupla tributação. 



OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Maximização de Lucro: O objetivo mais geral da administração financeira é maximizar o valor de mercado do capital dos proprietários existentes, não importando se a empresa é uma firma individual, uma sociedade de pessoas (quotas) ou por ações. Em qualquer delas, as boas decisões financeiras aumentam o valor de mercado do capital dos proprietários.

Objetivos básicos da Administração Financeira:

Ø Manter a empresa em permanente situação de liquidez, como condição básica ao desenvolvimento de suas atividades. Uma empresa apresenta boa liquidez quando seus ativos e passivos são administrados convenientemente. O importante é manter os fluxos das entradas e saídas de caixa ‘sob controle’ e conhecer antecipadamente as épocas em que irá faltar numerário.

Ø Obter novos recursos para planos de expansão, com base em estudos de viabilidade econômico-financeira e aos menores custos para que a empresa se perpetue e, para tanto, tem de realizar investimentos em tecnologia, novos produtos, etc., que poderão sacrificar a rentabilidade atual em troca de maiores benefícios no futuro. A grande concorrência existente nas modernas economias de mercado obriga as empresas a se manterem tecnologicamente atualizadas. Nenhuma pode sentir-se segura em uma boa posição, porque a qualquer momento algum concorrente poderá surgir com um produto melhor e mais barato. Deste modo, as empresas são impelidas a desenvolverem continuamente novos projetos e a tomarem decisões sobre a sua implantação. Normalmente isto significa a necessidade de grandes somas adicionais de recursos e uma elevação no risco do empreendimento. O retorno deve ser compatível com o risco assumido. Maior risco implica a expectativa de maior retorno.

Ø Assegurar o necessário equilíbrio entre os objetivos de lucro e os de liquidez financeira, quantificando os planos de expansão de acordo com as possibilidades de obtenção de recursos, próprios ou de terceiros.



DECISÕES FINANCEIRAS BÁSICAS

·        Investimentos: A preocupação primordial diz respeito à avaliação e escolha de alternativas de aplicação de recursos nas atividades normais da empresa. Consiste num conjunto de decisões visando dar à empresa a estrutura ideal em termos de ativos – fixos e correntes – para que os objetivos da empresa como um todo seja atingido. Nessa área, o enfoque básico é a obtenção do maior resultado (retorno) possível, dado o risco que os proprietários da empresa estão dispostos a correr. 

·        Financiamento: O que se deseja fazer é definir e alcançar uma estrutura ideal em termos de fontes de recursos, dada à composição dos investimentos. É preciso compreender, desde já, que a função financeira, cuja finalidade é assessorar a empresa como um todo e proporcionar os recursos monetários exigidos, não determina, por isso mesmo, quais as aplicações a serem feitas pela empresa. Isto decorre dos objetivos e das decisões da administração e/ou dos proprietários da empresa em um nível mais alto. À administração financeira resta conseguir o recurso necessário para financiar essa estrutura de investimento ao mais baixo custo possível. 

·        Utilização (destinação) do lucro líquido: Há uma área de decisões também comumente conhecida pelo nome de política de dividendos, que se preocupa com a destinação dada aos recursos financeiros que a própria empresa gera em suas atividades operacionais e extra operacionais. É nesta área que surgem as indicações mais claras do inter-relacionamento das áreas de investimento, financiamento e utilização do lucro líquido. O inter-relacionamento deve-se ao fato indiscutível de que o lucro retido pela empresa (ou seja, o lucro não pago sob a forma de dividendos em dinheiro) constitui-se numa de suas fontes de recursos. Logo, também é problema das decisões de financiamento determinar quanto do lucro líquido disponível deve ser retido, com a decisão complementar forçosa a respeito da proporção que deve ser distribuída aos proprietários. Além disso, também há relações entre decisões de investimento e de utilização do lucro líquido. Nas decisões de investimento, certo retorno deve ser alcançado: digamos então que seja considerada a utilização de lucros retidos para financiar certas aplicações - essa possibilidade deveria ser admitida apenas quando a alternativa de investimento prometesse um retorno superior aos que os proprietários poderiam conseguir se eles mesmos aplicassem os recursos porventura recebidos em decorrência da distribuição de lucros. As magnitudes relativas dos riscos envolvidos nas aplicações disponíveis à empresa e aos proprietários, fora dela, também precisam ser consideradas.


RELAÇÕES DE AGENCY
A relação entre acionistas e administradores é denominada relação de agency. Existe quando alguém ("principal") contrata outra pessoa ("agente") para cuidar de seus interesses. Em tais relações existe a possibilidade de conflito de interesses entre o principal e o agente. Tal conflito é denominado de problema de agency. Discutir o problema de agency, na medida em que este se relaciona com a maximização da riqueza dos proprietários e o papel da ética nessa questão. Um problema de agency advém do fato de que os administradores, na qualidade de representantes dos proprietários, podem colocar seus objetivos pessoais à frente dos objetivos empresariais. Forças de mercado, tanto as oriundas dos acionistas, particularmente de grandes investidores institucionais, como as ameaças de compras hostis (takeovers), tendem a prevenir ou a minimizar o problema de agency. 




ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 

ANÁLISE VERTICAL - A análise vertical facilita a avaliação da estrutura do Ativo e do Passivo bem como a participação de cada item da Demonstração de Resultado na formação do lucro ou prejuízo. O cálculo do percentual de participação relativa dos itens do Ativo e do Passivo é feito dividindo-se o valor de cada item pelo valor total do Ativo ou do Passivo. Para a participação relativa dos itens da Demonstração de resultado o cálculo é feito dividindo-se cada item pelo valor da Receita Líquida, pois esta é considerada como base. (Ex. no final) Outras constatações podem ser extraídas, mas a utilidade aumenta sensivelmente se a análise vertical for utilizada conjuntamente com a análise horizontal.

           ANÁLISE HORIZONTAL - A análise horizontal tem a finalidade de evidenciar a evolução dos itens das demonstrações contábeis, por meio dos períodos. Calculam-se os números-índices estabelecendo o exercício mais antigo como índice-base 100. Podem ser calculados, também, aumentos anuais.

Limitações da Análise horizontal

ü Quando o valor do item correspondente no exercício-base for nulo, número-índice não pode ser calculado pela forma proposta, pois os números são divisíveis pelo número zero. Nesses casos, podem ser analisadas variações em valores absolutos;

ü  Quando o exercício-base apresenta um número negativo e no exercício seguinte o número fica positivo (e vice-versa), matematicamente, é calculável, mas o resultado deve ser tratado com bastante cuidado, para não ocorrerem interpretações equivocadas da evolução.


ANÁLISE POR MEIO DE ÍNDICES
            A técnica de análise por meio de índices consiste em relacionar contas e grupos de contas para extrair conclusões sobre tendências e situação econômico-financeira da empresa. O analista pode trabalhar com índices ou percentuais. A classificação dos índices pela empresa pode ser como ótimo, bom, satisfatório ou deficiente, ao compará-los com os índices de outras empresas do mesmo ramo ou porte. Esta comparação é possível através das publicações em revistas especializadas.


Abaixo segue alguns indicadores da situação econômico-financeira:


ÍNDICES E FÓRMULAS

Estrutura de Capital   
Participação dos Capitais de Terceiros (PCT) =
Exigível total ÷ Exigível + Patrimônio Líquido


Composição do endividamento (CE) =
Passivo circulante ÷ Exigível total


Imobilização do capital próprio (ICP) =
Ativo permanente ÷ Patrimônio líquido


Imobilização dos Recursos não correntes (IRNC) =
Ativo permanente ÷ Patrimônio líquido + Exigível a L.P.

Liquidez
Liquidez Geral (LG) =
Ativo Circulante + Ativo real. L.P ÷ Passivo Circ. + Passivo exig. L.P


Liquidez corrente (LC) =
Ativo circulante ÷ Passivo circulante


Liquidez seca (LS) =
Ativo circ. – Estoques – Desp.exerc.seguinte ÷ passivo circulante


Liquidez imediata (LI) =
D i s p o n í v e l ÷ Passivo Circulante

Rotação
Giro dos estoques (GE) =
Custo dos produtos vendidos ÷ Saldo médio dos estoques


Giro das contas a receber (GCR) =
Receita operacional bruta – Devol./abatimentos ÷ Saldo médio das contas a receber


Giro do ativo operacional (GAOP) = Receita operacional líquida ÷ Saldo médio do ativo operacional

Prazo médio     
Prazo médio de estocagem (PME) = Saldo médio dos estoques ÷ Custo dos prod. vendidos / 365 dias

Prazo médio das contas a receber (PMCR) =
Saldo médio das contas a receber ÷ (Rec. Oper.Bruta – Devol. e abatim.) / 365 dias


Prazo médio de pagamento a fornecedores (PMPF) =
Saldo médio de fornecedores ÷ Compras brutas / 365 dias

Rentabilidade 
Margem bruta (MB) =
Lucro bruto ÷ Receita Oper. líquida


Margem líquida (ML) =
Lucro líquido ÷ Receita Oper. líquida


Rentabilidade do capital próprio (RCP) =
Lucro líquido ÷ Saldo médio do Patr. Líquido


ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL - Esses índices indicam o grau de dependência da empresa com relação a capital de terceiros e o nível de imobilização do capital. Quanto menor o índice, melhor.

ÍNDICES DE LIQUIDEZ - Os índices de liquidez mostram a situação financeira da empresa. Quanto maior o índice, melhor. Um aspecto importante que deve ser considerado é que a empresa precisa "repor" os ativos circulantes que converter em dinheiro, para não interromper sua atividade operacional. Nessas condições, os ativos circulantes passam a ter características permanentes. Portanto, os índices de liquidez são válidos para os casos em que a empresa é "liquidada". 

ÍNDICES DE ROTAÇÃO -
Os índices de rotação (giros) evidenciam o prazo de renovação dos elementos patrimoniais, dentro de determinado período de tempo. A análise do giro dos ativos fornece informações sobre aspectos de gestão da empresa, tais como as políticas de estocagem, financiamento de compras e financiamento de clientes. Com relação ao giro dos estoques (e prazo médio de estocagem), as empresas procuram aumentar, pois quanto mais rápido vender o produto, mais o lucro aumentará. Esse raciocínio é válido desde que a margem de contribuição seja positiva e o aumento do giro não implique "custos extras" em volume superior ao ganho obtido pelo aumento do giro. O mesmo é válido, também, em relação ao giro das contas a receber (e prazo médio das contas a receber), em termos de quanto mais rápido a empresa receber, melhor. Já em relação ao prazo médio de pagamento a fornecedores, quanto maior, melhor, ou seja, quanto mais tempo para pagar, melhor. Frequentemente, o prazo médio de pagamento a fornecedores é comparado com o prazo médio das contas a receber. Por exemplo, a empresa compra com prazo de 81 dias e vende com prazo de 68 dias, ela tem condições de recomprar antes mesmo de totalizar o pagamento aos fornecedores. 

INDICES DE RENTABILIDADE -
Esses índices medem quanto está rendendo os capitais investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou insucesso) empresarial. São calculados, geralmente, sobre as receitas líquidas, porém, em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre as receitas brutas deduzidas somente das vendas canceladas (devoluções) e abatimentos. Como pode ser observado, este índice quanto maior, melhor.


Ao final desse artigo sobre algumas das questões da Gestão Financeira é importante lembrar que outros assuntos corporativos possuem gerências separadas e enfoques diferentes, mas mesmo assim eles têm um relacionamento muito forte com a gestão financeira. Ou seja, tudo que se pensa dentro de uma corporação tem um impacto financeiro no orçamento, isso significa dizer que sempre se faz necessária uma avaliação profunda no diz respeito aos novos investimentos e seus prováveis retornos e custos reais.



19 de junho de 2017

Negociação - o que é preciso saber...





        Você conhece ‘bem’ os seus limites em uma negociação? Até onde podemos ir para obter sucesso em um processo de negociação?

Existe uma grande diferença entre  negociar e pechinchar - muitos confundem e acabam dando nomes errados aos bois. A primeira diferença está na semântica das palavras,  pechinchar é uma ação  e negociar é um processo. Pechinchar é muito simples e a grande maioria das pessoas faz isso em algum dia de suas vidas, já negociar é um processo mais complexo, a negociação exige planejamento, estratégia, técnica, persuasão e relacionamento entre as pessoas.

Os limites são os extremos até onde podemos chegar negociando, eles podem ser limites financeiros ou de interesses. O limite financeiro deve ser definido pelos dois lados da negociação, ou seja, quem deseja vender algo, por exemplo, deve estabelecer o limite mínimo onde pode chegar sem que a venda lhe cause uma insatisfação no fechamento do negócio, por outro lado, o limite máximo deve ser estabelecido pela parte que deseja comprar, o que corresponde ao valor máximo que está disposto a pagar sem prejuízo dos seus interesses ou mesmo que fique insatisfeito com o resultado da negociação.





Outro fato importante durante uma negociação é saber que quando pechinchamos estamos abrindo mão de tudo, com o único objetivo de obter um desconto em produto ou serviço. Por outro lado, espera-se muito mais do que um simples desconto em um processo de negociação bem conduzido, as pessoas precisam se preocupar com o outro lado, com os relacionamentos de longo prazo, com a parceria, com a qualidade do produto ou serviço, com os prazos de entrega, garantias, continuidade de fornecimento, transferência de tecnologia e claro, custos mais baixos – mas, notem que custos mais baixos nem sempre significam preços menores.

Os limites de interesses são mais difíceis de serem estabelecidos, pois são abstratos ou intangíveis, difíceis de serem quantificados ou valorizados. Quase sempre os limites de interesses variam conforme o “calor” da negociação ou intensidade do desejo de alcançar um objetivo. Podemos dar como exemplo as negociações que ocorrem entre sindicatos de trabalhadores e sindicatos patronais. Quais seriam, por exemplo, os verdadeiros interesses dos sindicatos dos trabalhadores: reajustes de salários acima da inflação, estabilidade do emprego ou participação nos lucros? Seja ele qual for, o importante é estabelecer um desses interesses como limite, ou seja, escolher um interesse como o mais importante e, do qual não se pode abrir mão e deixar os demais como “interesses” negociáveis, aqueles que poderão ser cedidos em troca do limite, é bem provável que com este foco as negociações se tornarão mais produtivas.

Mas o preço pode ser um objetivo em uma negociação? Sim e é bastante comum de acontecer, mas em um processo de negociação usa-se a barganha para negociar preços, que ao contrário da pechincha, pressupõem trocas, que podem ser sucessivas, onde um lado cede algo para conseguir em troca algo que lhe interesse e que irá ajuda-lo a alcançar o objetivo final.





O importante em relação aos limites das partes é o sigilo, não é aconselhável revelar o seu limite à pessoa com quem se está negociando, quando isto acontece você acaba por transferir o poder da negociação para a outra parte e dificilmente você conseguirá direcionar a negociação para um resultado favorável a você. Podemos citar como exemplo a compra de um automóvel, quando você diz ao vendedor que pode pagar X, ele provavelmente o “forçará” a pagar mais do que o X, oferecendo um financiamento ou outra “facilidade” para que você feche o negócio, pois você já demonstrou interesse e ansiedade em adquirir o bem no momento da revelação do seu limite.

Importante:

Identificar o seu limite e tentar descobrir o limite do outro são atividades que devem ser realizadas na fase da preparação da negociação, preferencialmente antes de qualquer confronto com a outra parte. O seu limite deve ser definido com base no seu interesse e na sua disposição em ceder para consegui-lo. O limite da outra parte você pode tentar descobrir através de uma pesquisa, mas mesmo assim poderá ser uma informação imprecisa, por isso, também é muito importante na fase da preparação que você estabeleça alternativas à negociação caso o processo não caminhe da forma como planejou.

Portanto, existe uma grande diferença entre negociar e pechinchar, negociação é um processo nobre que demanda tempo e que utiliza estratégia, com o intuito de atingir um objetivo pré-estabelecido, focando sempre os interesses das partes. Pode-se considerar que o resultado uma vez alcançado, foi fruto de argumentos estrategicamente bem construídos, os quais permitiram ao negociador chegar ao final da negociação com a certeza e a segurança de que o negócio é sustentável e foi muito bem realizado. Porém, é bom lembrar que nem sempre, em um processo de negociação, todas as partes saem satisfeitas, por isso é importante construirmos alternativas à negociação, mas este será assunto em outra postagem.

  

Nota: Lembre-se sempre da importância de saber o seu limite e elaborar estratégias para atingir os seus interesses, afinal, isso lhe trará mais confiança no processo de negociação e aumentará as suas chances de sucesso.









Fonte e Sítios Consultados

http://csconsultoriaetreinamento.com.br




10 de junho de 2017

Cérebros Corruptos - veja como eles funcionam




Na neurociência o senso de certo e errado é orientado pelas funções fisiológicas, embora ele também possa ser ‘modelado’ desde a infância a partir de exemplos e punições. É levando em conta esses fatores que os cientistas tentam entender o funcionamento do cérebro dos ‘classificados sociopatas. Estima-se que 4% no mundo apresente esse tipo de desvio de conduta, não sentindo culpa ou remorso por praticar tais atitudes ilícitas, muito pelo contrário, eles até sentem-se gratificados por isso. Esse é um exemplo clássico num comportamento corrupto. Para muitas pessoas o ato de trapacear, roubar, subornar ou tirar proveito de uma situação sem se importar que isso venha a prejudicar outras pessoas é uma atitude altamente reprovável, pelo menos para a grande maioria dos seres humanos. Contudo, existe quem as considere perfeitamente aceitáveis. Segundo os neurocientistas, as diferenças entre os julgamentos morais podem ser consequência de alterações ou lesões cerebrais, mas na maioria das vezes são estabelecidas com base nas experiências vividas na primeira infância. De acordo com o neurologista da faculdade de Medicina da Pontifícia Univer­­sidade Católica do Rio Grande do Sul, os comportamentos antissociais são resultado de três fatores: vulnerabilidade do cérebro, oportunidade e impunidade. E isso é totalmente contrário ao que sabemos sobre os humanos, afinal o ser humano possui um sentido natural e fisiológico de justiça que permeia as suas ações sociais e quando esse sistema é violado, ocorrem reações e emoções de segunda classe, como o nojo - quando ele é respeitado nos sentimos bem. Já nos casos de sociopatia, quando isso acontece esses indivíduos sentem-se gratificados com o ilícito cometido, eles fazem isso sem culpa ou remorso, é o que defende o neurocientista diretor do Instituto do Cérebro da PUC-RS. Isso cria a possibilidade de que talvez esse comportamento possa ser aplicado aos comportamentos corruptos.



Para entendermos a origem do mecanismo que colocou a corrupção no mesmo compartimento cerebral da dependência química é preciso olhar para trás, para o início da evolução humana, quando o homem ainda lutava com feras para sobreviver, e conhecer como isso moldou o cérebro. Para dar conta dos perigos, circuitos associados à busca por comida ou à rapidez na fuga fortaleceram-se. Neles, também eram processadas estratégias que garantissem a sobrevivência de modo mais fácil. Trapacear para ficar com a melhor parte da caça, por exemplo. Nessas mesmas áreas, abriga-se ainda o sistema de recompensa. É onde funciona a máquina que nos faz procurar prazer. Ele pode advir de ações diversas, incluindo do consumo de droga, da compra ou da sensação de ganhar dinheiro. Se for sem muito esforço, então, melhor ainda. Quanto mais o indivíduo se expõe a esses estímulos, mais o cérebro os associa a algo bom. Cria-se um ciclo em que a ação resulta em recompensa e a recompensa pede mais ação. Segundo o neurologista André Palmini, chefe do Serviço de Neurologia do Hospital São Lucas, da PUC-RS “A vontade se torna um hábito e o hábito reforça a vontade” - as transgressões sem punição vão ampliando as fronteiras no cérebro, deixando a periferia e acabam se incorporando a ele. E isso pode até ser comparado a uma dependência química e essas fronteiras começam a se abrir desde a infância. Depois que o cérebro aprende que ser corrupto é normal, fica muito difícil mudar.

Sabe-se que essas são regiões alimentadas pelo instinto e pelas emoções e não é por outra razão que reúnem o que se conhece como cérebro primitivo. O que diferencia a arquitetura cerebral humana da apresentada pelos animais é que, ao longo da evolução, o homem desenvolveu outra área igualmente importante, destinada a funcionar como um filtro do que é processado usando como base apenas os sentimentos. No córtex frontal, as reações primárias são submetidas a um juízo crítico e moral formado segundo as regras civilizatórias vigentes. Lá são moduladas por variáveis como o que é certo ou errado ou as consequências que podem surgir. Nos corruptos, assim como em quem mata para roubar, esse filtro não funciona. Por isso, eles são movidos pelo impulso, pela procura do próprio prazer e pela inconsequência. “São psicopatas”, afirma o neurologista professor da Universidade Federal de Minas, “Eles mostram-se insensíveis aos males que causam”.



Segundo a neurobiologia, para conter o desejo de corromper seria necessário que as engrenagens do córtex pré-frontal funcionassem de forma mais atuante. A maneira com que operam tem a ver com a genética, mas também com o ambiente. Isso quer dizer que uma sociedade menos tolerante à corrupção e meios eficazes de punição servem como moduladores importantes no fortalecimento desses filtros. “Se as pessoas aprendem que corromper não leva a consequências negativas e não é moralmente errado, o córtex não tentará inibir o comportamento”, explica o professor de Psicologia da University of Southern Califórnia, nos Estados Unidos.

O SER HUMANO É MOVIDO POR

• Por uma imposição da evolução, o ser humano criou mecanismos para buscar vantagens e sobreviver. Ter mais comida e melhor abrigo favorecem suas chances de viver.

• Um dos primeiros circuitos cerebrais desenvolvidos está associado a essas questões básicas. Também está relacionado à busca de prazer, processado no sistema de recompensa.

• Quanto mais o indivíduo se expõe a algo que lhe dá prazer, mais ativa o circuito. Ganhar vantagens por meio da corrupção pode ser um estímulo.

• Aos poucos, as sinapses (troca de informação entre os neurônios) nessa rede ficam mais numerosas e intensas. A vontade se torna um hábito e o hábito reforça a vontade.


Outros estudos mostram que alterações funcionais no cérebro, especialmente no lobo frontal, levam a comportamentos psicopatas. Esses indivíduos têm prejuízo da crítica social, ou seja, para eles é natural, normal cometer um ato ilícito, que pode ser desde suborno a um crime violento.

·        A pessoa com esse tipo de disfunção não pensam duas vezes e tem certo prazer em enganar as outras pessoas, ela se acha mais esperta que os outros e ela não sofre com dilemas morais.




É possível afirmar que indivíduos com certos danos no lobo frontal julgam comportamentos que para pessoas normais são considerados como antissocial, incluindo a corrupção e até mesmo o assassinato, como moralmente permissíveis. Há ainda uma percentagem de pessoas sem lesões aparentes nessa parte do cérebro que age de forma semelhante. É quase certo que elas apresentam anormalidades subjacentes, e isso pode ser causado por defeito genético, condições ambientais, uso de drogas e estresse. Muitas pessoas têm ideia de que os psicopatas são essencialmente assassinos e violentos, mas eles podem ser políticos, empresários, qualquer um que tente enriquecer por meio de corrupção.

Os cientistas suspeitam que o comportamento corrupto possa ser causado por uma interação entre oportunidade, vulnerabilidade causada por características anatômicas e/ou funcionais do cérebro ainda misteriosas, e pela impunidade – eles pretendem investigar até que ponto os cérebros com alguma diferença atuam de forma diversa em certas situações.












Fonte e Sítios Consultados

http://brasil.elpais.com/brasil

http://istoe.com.br

https://www.scoopnest.com


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